OBITUÁRIOS Por
André de Castro
O rato que roía as
roupas do rei de Roma foi encontrado morto. Havia sangue na ratoeira que o
matou e de acordo com depoimento de seu primo, o rato que rói as roupas do
príncipe de Roma, ele havia recebido ameaças, via ratoeira, nas ultimas duas
semanas, más não registrou queixa.
Além de tudo o queijo
que comeu estava envenenado, o que reforça os indícios de homicídio
culposo. O Departamento camundongos
criminal não deu mais informações. O caso vem sendo investigado sob sigilo.
A família sofre com o
ocorrido e o rato que rói as roupas do príncipe de Roma foi nomeado para o
posto do falecido. O primo é o principal suspeito.
Assim como o rato que
roía a roupa do Rei de Roma, existem
pessoas que precisam morrer para serem lembradas.
E o livro que indico
hoje é uma obra que fala disso. Ao contrário do que se possa imaginar, não se
fala de morte, fala de vida. São pessoas com histórias pouco convencionais, bem
contadas e com algo em comum; todas foram publicadas na editoria de Obituários
do "New York Times". O texto fala de vida com base em uma morte.
"O Livro das Vidas
- Obituários do New York Times" é um dos meus preferidos entre os que
podem ser encontrados na minha prateleira. Assim como o publicitário Washington
Olivetto, li em um único final de semana.
Uma senhora teve uma
vida medíocre. Investiu seus ganhos em ações na bolsa de valores e depois de
aposentada, no fim da vida praticamente, descobre que está milionária, ou
bilionária, não me lembro. Pouco tempo antes de morrer procura uma Universidade
para doar sua fortuna. E não é bem recebida na instituição.
Essa é apenas uma das
histórias do livro publicado na coleção Jornalismo literário pela Cia das
Letras e organizado por Mathias Suzki Jr. Tem 312 páginas e custou R$54,00.
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